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RIO: CINCO MIL PESSOAS EM PASSEATA PARA DEFENDER RELIGIÃO

Rio de Janeiro, 20 set (RV) - Cerca de cinco mil pessoas participaram, neste domingo, da Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, na Praia de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, segundo estimativa da Polícia Militar. Representantes de várias religiões e de minorias étnicas e religiões de raízes africanas – católicos, judeus, ciganos, seguidores do candomblé e umbandistas – marcharam juntos, para chamar a atenção para o "proselitismo" religioso.

De acordo com o interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) – organizadora do evento – Ivanir dos Santos, na tentativa de converter novos fiéis, algumas religiões têm ultrapassado o limite da liberdade de expressão, "perseguindo" e atacando determinados grupos religiosos.

"O limite é o proselitismo. Você expressar uma opinião é uma coisa. Fazer um proselitismo diário, estigmatizando e perseguindo um determinado segmento, não é liberdade de expressão" – disse Ivanir, destacando que as religiões de matriz africana têm sido o principal alvo de alguns grupos neopentecostais.

A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa procurará a diretoria do Flamengo, nos próximos dias, para conversar sobre as declarações do atacante Val Baiano, consideradas desrespeitosas. Na semana passada, ao comentar o jejum de gols do time, o jogador pediu ajuda das religiões, com exceção de uma de matriz africana: "Se macumba fosse do bem, seria boacumba (sic)" - disse ele.

"Durante a manifestação, um representante das religiões de matriz africana lembrou que a intolerância religiosa é crime no Brasil e, portanto, declarações como a de Val Baiano são passíveis de punição. (AF)

Fonte:[RádioVaticano]

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