O mais assombroso nesse episódio é o fato de a igreja cristã fazer “vista grossa” a esse escândalo! Os crentes coríntios deviam ter tomado providências para remover o transgressor de seu meio. Com amor, com piedade, mas com a devida firmeza, pois Deus não pode abençoar uma igreja que tolera abertamente a imoralidade.
E então Paulo escreve à igreja de Corinto dizendo que esse homem devia ser “entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor”. O que significa isso?
A explicação é que “há apenas dois reinos espirituais neste mundo: o reino de Deus e o reino de Satanás. Se uma pessoa deixa o reino de Deus, ela automaticamente entra no reino de Satanás. Esse pecador dissoluto havia, por sua conduta pecaminosa, se afastado do reino de Deus, e isto devia ser reconhecido através de sua expulsão oficial da igreja” (SDA Bible Commentary, v. 6, p. 690).
“Ser entregue a Satanás”, portanto, significa “ser entregue ao mundo”, que é dominado pelo “príncipe deste mundo”. “Para a destruição da carne”. “As Escrituras qualificam as práticas imorais como ‘obras da carne’ (Gl 5:19).” Colossenses 3:5 diz: “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva...”
“A ‘destruição da carne’, portanto, pode ser entendida como uma mortificação dos desejos carnais. E pode incluir também a ideia de sofrimento físico infligido por Satanás. Paulo chamava a sua própria aflição de ‘mensageiro de Satanás’ (2Co 12:7) (ibid.).
E finalmente, a expressão “a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor”, deixa claro que o objetivo da disciplina eclesiástica é recuperar o transgressor. Era esse o objetivo de Paulo, quando entregou Himeneu e Alexandre a Satanás, a fim de que aprendessem a não mais blasfemar (1Tm 1:20).
Fonte: [Mediação diária]
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