Em setembro de 1971 tive a oportunidade de visitar o zigurate de Ur dos Caldeus, no sul do Iraque. Acompanhado por um policial, caminhamos dois quilômetros através do deserto, a partir da estação ferroviária de Ur. Aquele colosso se destacava no meio do deserto. Um árabe armado de espingarda nos mostrou o zigurate, tumbas de reis, inscrições e a suposta casa de Abraão, explicando tudo num inglês quebrado como as próprias ruínas ao redor.
Os povos antigos acreditavam que no topo dessa montanha artificial, que tinha um amplo terraço descoberto, “a divindade adorada descia para receber a veneração dos homens, mediante ritos especiais. E ali eram efetuados sacrifícios, juntamente com outras cerimônias”.
Quando Israel entrou na terra de Canaã, encontrou muitos desses lugares altos. “Pecados horrendos eram cometidos nesses lugares, incluindo sacrifícios de crianças, prostituição cultual e toda forma de adoração idólatra. Israel, pois, recebeu ordens para demolir tais lugares (Nm 33:52). Porém, após a destruição de Silo, e antes da construção do templo de Jerusalém, tais lugares se tornaram lugares das devoções religiosas de muitos israelitas. Samuel abençoou as oferendas que o povo fez em um lugar alto (1Sm 9:12-14). Um lugar alto importante era Gibeom (2Cr 1:2-6). Salomão sacrificou ali mil carneiros” (Champlin).
Os hebreus associavam esses lugares altos com o lugar onde Deus Se manifesta. Elias venceu os profetas de Baal no monte Carmelo. Deus deu a Moisés as tábuas da lei no monte Sinai. Jesus recebeu a bênção de Deus no monte da Transfiguração. E tornou possível a nossa salvação através do Seu sacrifício no monte Calvário.
Mas não é preciso subir a um lugar alto para se aproximar de Deus. Esteja onde estiver, você pode alçar o pensamento até o alto e sublime trono de Deus e sentir o coração dEle pulsando junto ao seu.
Fonte: [Meditações/ cpb]
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